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"A preocupação é máxima, pois nós estamos migrando para uma manufatura avançada, indústria 4.0", destaca Rafael Cervone.

19/08/2025 - A cibersegurança foi um dos temas abordados pelo presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Rafael Cervone, durante a palestra "Macrotendências Mundiais até 2040", que aconteceu na manhã desta terça (19/08), no Laboratório de Cibersegurança do Senai Paulo Antonio Skaf, em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. O presidente alertou que muitas empresas podem estar com seus negócios em risco por não estarem tomando medidas simples de prevenção a ataques cibernéticos, como oferecer treinamentos preventivos às suas equipes.

Com base em mais de 400 bancos de dados analisados, a palestra abordou nove temas: saúde; infraestrutura; trabalho e qualificação; alimentos, urbanização; segurança; energia; perfil do consumidor e entretenimento e turismo.

As tecnologias da 4ª Revolução Industrial foram elencadas por Cervone como fatores impactantes para as macrotendências. No quesito segurança, ele destacou os aspectos da segurança digital e da privacidade de dados.

A recente "Pesquisa de Maturidade da Indústria em Cibersegurança, Proteção de Dados e Governança de IA", da Fiesp, avaliou 300 empresas e revelou que 41,2% delas não possuem qualquer estrutura de cibersegurança, enquanto 23,5% a enxergam como uma obrigação que não traz benefícios para o negócio.

Cervone lembra que o tema é tão relevante que passou a ser responsabilidade da alta administração das empresas e não apenas da TI. Segundo ele, a ameaça de um hacker pode causar grandes estragos, como roubos de segredos industriais e até o controle dos processos produtivos. Na sua opinião, há ações preventivas muito simples que não podem ser negligenciadas pelas empresas.

A preocupação é máxima, pois nós estamos migrando para uma manufatura avançada, indústria 4.0, e, especialmente, porque máquinas conversam com máquinas, você monitora a sua produção toda por meio do seu celular e você consegue interligar seus fornecedores pelo seu sitema cibernético", afirmou.

Cervone destacou ainda o papel do Laboratório de Cibersegurança do Senai que oferece treinamentos e simulações de ciberataques e disponibiliza avaliações sobre o nível de maturidade, que resultam em planos de ação customizados por empresa.

Na sua avaliação, a tecnologia está impactando a vida em todos os segmentos industriais, do têxtil ao automobilístico, passando pela educação e é necessário usar a tecnologia, sem perder a essência do cérebro humano, que é o grande diferencial em todas as questões produtivas da sociedade.

Esses instrumentos tecnológicos são uma ferramenta, mas a gente não vai deixar de utilizar o ser humano como essência da solução dos problemas", disse Cervone.

O elo mais fraco
Oliver Guerino, coordenador técnico do Senai-SP, disse que as empresas precisam falar mais sobre o tema da cibersegurança, ter programas internos que conscientizem seus colaboradores e discutir métodos de proteção. Segundo ele, o elo mais fraco da segurança de dados nas empresas é o ser humano. Acompanhar o noticiário relacionado a golpes também é importante.

Então, você pode pegar um ataque de WhatsApp com um sequestro de informações, que é algo simples de ser evitado e o utiliza como exemplo para educar o colaborador e fazer programas de conscientização", disse o coordenador.

Ele ressalta que há treinamentos gratuitos disponíveis para colaboradores das indústrias no site do Senai-SP. Um deles oferece apoio a empresas interessadas em conquistar a ISO 27.001.

Segundo Guerino, o diálogo e os treinamentos são importantes para que o colaborador entenda os riscos e saiba como manipular dados de forma segura.

Graduação
O Senai Campus Paulo Antônio Skaf também abrirá, no dia 25/08, as inscrições para Graduação em Tecnologia da Informação voltada a empresas. As formações disponíveis são: "Tecnologia em Ciência de Dados" e "Tecnologia em Segurança Cibernética". O período de inscrição termina em 7 de outubro.

Saiba mais em: https://www.sp.senai.br/processo-seletivo/superiores-de-tecnologia