Solidariedade: Ciesp e Fiesp apoiam a luta pela conscientização sobre a epilepsia
- Atualizado emMariana Soares, Agência Indusnet Fiesp
A epilepsia é a doença neurológica crônica grave mais comum em todo o mundo e afeta todas as idades, raças e classes sociais. No Brasil, estima-se que existam três milhões de pessoas com a enfermidade. Celebrado em 26/3, o Purple Day é um dia de esforço internacional dedicado à conscientização sobre a doença. Em respeito a data, a fachada da FIESP ficou roxa. No domingo seguinte, 31/3, um encontro organizado por entidades ligadas à causa em parceria com a FIESP e o CIESP reuniu centenas de pessoas em uma caminhada em prol da conscientização sobre a doença.
O Parque Mário Covas foi o ponto de concentração da caminhada que teve seu final na calçada da FIESP/CIESP, no espaço reservado aos eventos +Saúde, organizados pelo Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia (ComSaude).
“Especialistas ligados a instituições e entidades médicas forneceram informações a respeito dos sintomas da doença, formas de tratamento que possibilitam melhor qualidade de vida aos pacientes e alimentação adequada para aqueles que convivem com a epilepsia”, informa Gabriela Gazola, coordenadora do ComSaude da FIESP.
Eduardo Caminada Junior é embaixador do Purple Day no Brasil. Ele explicou que a celebração da data começou em 2008 com Cassidy Megan, na época com nove anos, de Nova Escócia, no Canadá. Cassydi escolheu a cor roxa para representar a epilepsia por causa da lavanda. A flor de lavanda também é frequentemente associada à solidão, que representa os sentimentos de isolamento que muitas pessoas com epilepsia sentem. “Este ano, foi lindo ver a onda roxa que tomou a avenida Paulista e chegou até a FIESP. Vamos juntos combater o preconceito com a conscientização”, reforça.
O chef de cozinha e apresentador Henrique Fogaça é pai da Olívia, 12 anos. Ela tem uma síndrome rara, diagnosticada como epilepsia. A família participou da mobilização desde a concentração, no Parque Mário Covas. “É importante a gente se juntar e todo mundo dividir um pouco das experiências que têm. É um passo primordial para encontrarmos soluções”, alerta.
Entre os sintomas mais comuns da epilepsia, estão desmaio ou fadiga, contrações musculares rítmicas, formigamento, confusões visuais, amnésia, confusão mental, depressão, paralisia temporária após uma convulsão ou sonolência.
Uma das organizadoras do evento é a neuropsicóloga Nivia Colin, que criou o grupo Mães da Epilepsia depois de ser surpreendida com uma crise convulsiva do filho. “Desde então nós percebemos que a gente precisava de conhecimento. Não é fácil, mas é possível. A epilepsia não pode ser a atriz principal da vida da gente. Ela tem que ser coadjuvante. A gente tem que cuidar dela e conviver”, ressalta.
A neurologista Eliana Garzon confirma a importância de a sociedade conhecer o tema para desmistificar a palavra epilepsia. “É possível ter vida normal, mesmo com a doença. O tratamento da epilepsia é feito essencialmente com medicação e tem o objetivo de eliminar, bloquear as crises. Com isso se espera que o paciente tenha qualidade de vida dentro da normalidade”, completa.
