São Paulo está entre as 21 cidades sustentáveis do mundo
- Atualizado emConciliar ação e planejamento é o maior desafio para que as grandes metrópoles se mantenham entre as cidades sustentáveis no futuro.
Este foi o diagnóstico apresentado nesta quarta-feira (25) pelo economista João Lins, da Pricewaterhouse Coopers, durante a 4ª Mostra Fiesp/Ciesp de Responsabilidade Socioambiental, na mesa-redonda que tratou de Desenvolvimento e Sustentabilidade.
No relatório Cidades de Oportunidades, foram ranqueados 21 municípios ao redor do mundo que apontam os melhores vetores para atratividade de investimentos e de talentos, observados a partir do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). São Paulo aparece em 17º lugar, à frente de Santiago, México City, Mumbai e Joanesburgo.
Alguns dos critérios levados em conta na seleção das 21 cidades foram os seguintes: ser um centro de mercado de capitais regional, ter boa distribuição geográfica e apresentar equilíbrio entre as economias maduras e emergentes.
“A avaliação foi feita com 10 indicadores principais, mas considerou 58 variáveis”, explicou Lins. Ele destacou ainda que se a cidade de São Paulo fosse um estado, ela seria a 45ª economia mundial.
O relatório é produzido desde 2002, mas a capital paulista começou a aparecer na listagem nos dois últimos anos. “Isso é resultado do que está acontecendo na economia do País”, justificou.
Os melhores posicionamentos da representante brasileira no relatório são: o custo de operação (11º lugar) e demografia e qualidade de vida (9º lugar).
Já as piores indicações dizem respeito a transporte e infraestrutura (2ª pior colocação, atrás somente de Joanesburgo) e saúde e segurança (3ª pior, perdendo somente para Mumbai e Joanesburgo).
Resultados
De acordo com Lins, as principais conclusões mostram que “a visão holística é a base para a construção do sucesso das cidades”.
As metrópoles precisam investir em:
- Qualidade de vida como ativo importante: atração de talentos e negócios;
- Busca de sustentabilidade no longo prazo;
- Infraestrutura;
- Gestão das cidades integrada aos diferentes tipos de inovação;
- Serviços focados no cidadão através de diferentes canais, alavancando parcerias;
- Colaboração com outras cidades de forma inovadora.
Lins defende que o Poder Público não é suficiente para transformar as cidades. “Ele pode ser um catalisador para construir o futuro, mas é necessário parceria com o setor privado e com a sociedade civil”, acrescentou.
Compõem o ranking as seguintes as metrópoles: Nova York, Tóquio, Londres, Paris, Seul, Chicago, Hong Kong, Pequim, Los Angeles, Cingapura, Xangai, Sydney, São Paulo, Estocolmo, México City, Toronto, Mumbai, Frankfurt, Santiago, Dubai e Joanesburgo.
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Lucas Alves, Agência Indusnet Fiesp