Próximos sete anos serão favoráveis às MPIs - CIESP

Próximos sete anos serão favoráveis às MPIs

Onde sua empresa vai estar em 2017? A pergunta, feita por Olavo Furtado, coordenador dos Programas de Pós Graduação da Trevisan – Escola de Negócios, aos empresários presentes no V Congresso das Micro e Pequenas Indústrias, na quinta-feira (14) em São Paulo, imbui inúmeras oportunidades de trabalho que podem ser exploradas até aquele ano, especialmente pelo bom momento econômico que o País atravessa.

“Para isso é necessário um planejamento de longo prazo”, sublinhou Furtado, ao explicar que nos últimos 15 anos o setor produtivo brasileiro alcançou uma visibilidade muito grande em nível mundial e que isso, em breve, refletirá nos negócios das micro e pequenas empresas, que formam 95% do contingente de estabelecimentos industriais, responsáveis por 40% de empregos e que respondem por 28% dos salários.

O coordenador vê boas oportunidades de negócios no mercado, considerando a expansão do consumo interno e investimentos públicos em infraestrutura. Eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos, ou até mesmo o desenvolvimento de ações sustentáveis em relação ao meio ambiente, contendo custos, ganhando em produtividade e adotando uma postura ecologicamente responsável.

Mão de obra qualificada
Furtado alertou que cerca de 70% da população brasileira é economicamente produtiva, refutando o fato de que o país envelhece progressivamente e com isso reduz-se a dinâmica em produzir novos negócios. Outro aspecto é a internacionalização das empresas nacionais, que absorvem mais os impactos: “Em determinado momento, isso vai acontecer com as pequenas e micro empresas e será extremamente positivo.”

Em relação ao índice percentual produtivo, Furtado atentou para o fato de muitos trabalhadores não possuírem mão de obra qualificada, o que acaba restringindo novas oportunidades. A formação desses profissionais leva de 10 a 15 anos.

Furtado pontuou, ainda, que existe uma série de instituições aptas a ajudar profissionais que desejam aproveitar oportunidades e transformá-las em negócios rentáveis, como a Trevisan. Por isso, é importante que o pequeno e o micro empresário conscientizem-se de que vivem em um país em expansão econômica e que o governo precisa revisar alguns aspectos fundamentais para a consolidação do crescimento desses estabelecimentos como a questão tributária.

Walter Vicioni Gonçalves, diretor Regional do Senai-SP e superintendente operacional do SESI-SP, destacou a necessidade do mercado por mão de obra qualificada. Ele colocou aos presentes, a oportunidade proporcionada pela instituição na formação e qualificação de profissionais, por meio de cursos estruturados de acordo com as características dos mercados regionais e setoriais, com base em demandas claramente identificadas no mercado de trabalho.

O superintendente informou que o Senai-SP conta com um programa específico para atendimento de pequenas e médias empresas e que visa qualificação, aperfeiçoamento e especialização profissional em um mercado extremamente competitivo.

Meio Ambiente
Anicia Pio, gerente de Meio Ambiente do Ciesp, iniciou sua palestra atentando para o desafio do desenvolvimento sustentável: “Como vamos olhar para esse fator que o mercado nos impõe?”, questionou a gerente, complementando que a sustentabilidade deve ser encarada pelas empresas como uma grande oportunidade de novos negócios.

Anícia lembrou a recente aprovação da Lei de Resíduos Sólidos que estabelece regras para o recolhimento de embalagens usadas e incentiva a indústria da reciclagem, proibindo os “lixões” a céu aberto, assim como a importação de qualquer tipo de resíduo.

Nesse aspecto, Anicia reforçou o papel da entidade em ajudar o pequeno e micro empresário na questão, contribuindo para sua conscientização em relação a uma série de fatores ambientais, como regulamentações, licenças ambientais, produção mais limpa e desenvolvimento sustentável, entre outros: “Orientamos, por exemplo, como as empresas podem reduzir seus custos operacionais e ter mais lucratividade, sendo ecologicamente responsáveis”, ressalta a gerente.

Celso Lopes, Agência Ciesp de Notícias