Plano de educação deve ser projeto de Estado, defende dirigente do CIEE
- Atualizado emA desorganização entre as competências das três esferas de governo – federal, estadual e municipal – e o consequente desperdício de recursos foram as “falhas” do sistema educacional brasileiro apontadas pelo senador Jorge Bornhausen (DEM-SC), que participou da reunião do Conselho Superior de Estudos Avançados (Consea) da Fiesp, nesta terça-feira (24).
“A questão burocrática nasce na nossa Constituição, no momento em que se atribui a competência tripla na educação – à União, aos estados e aos municípios. Há que se estabelecer o que cada ente federativo deve fazer, para então distribuir corretamente os recursos”, avaliou Bornhausen.
Na opinião do deputado, o Ministério da Educação (MEC) um “órgão centralizador” que deveria ser desmontado, e passar à condição de conselho. Em tom ponderado, o professor Paulo Nathanael Pereira de Souza, presidente do Conselho de Administração do CIEE, concordou que o grande papel que cabe ao MEC não foi cumprido até hoje.
“Não sei se precisa acabar. Mas transformá-lo em um órgão mais funcional, sem dúvida. O grande projeto do MEC deveria ser um plano nacional de educação como projeto de Estado, independente de governos. Sem isso, não teremos capacidade real de enfrentar as deficiências da educação”, garantiu.
Educação superior
Para Paulo Nathanael, a verdadeira reforma no sistema educacional deve partir das escolas básicas. Mas, conforme apontou a reitora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Vilela, o ensino superior também passa por problemas graves no país, como o despreparo dos jovens para assimilar uma educação que exige maturidade intelectual.
“Os grandes mestres universitários não conseguem mais exercitar em sala de aula sua sabedoria. A ignorância, mais do que o saber, tem pautado o dia-a-dia de muitos cursos superiores nesse país, e me refiro em especial aos 80% que são particulares”, apontou Paulo Nathanael. “E a verdadeira causa desse desastre está no ensino básico que se pratica no Brasil”, completou.
Mariana Ribeiro, Agência Ciesp de Notícias
“A questão burocrática nasce na nossa Constituição, no momento em que se atribui a competência tripla na educação – à União, aos estados e aos municípios. Há que se estabelecer o que cada ente federativo deve fazer, para então distribuir corretamente os recursos”, avaliou Bornhausen.
Na opinião do deputado, o Ministério da Educação (MEC) um “órgão centralizador” que deveria ser desmontado, e passar à condição de conselho. Em tom ponderado, o professor Paulo Nathanael Pereira de Souza, presidente do Conselho de Administração do CIEE, concordou que o grande papel que cabe ao MEC não foi cumprido até hoje.
“Não sei se precisa acabar. Mas transformá-lo em um órgão mais funcional, sem dúvida. O grande projeto do MEC deveria ser um plano nacional de educação como projeto de Estado, independente de governos. Sem isso, não teremos capacidade real de enfrentar as deficiências da educação”, garantiu.
Educação superior
Para Paulo Nathanael, a verdadeira reforma no sistema educacional deve partir das escolas básicas. Mas, conforme apontou a reitora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Vilela, o ensino superior também passa por problemas graves no país, como o despreparo dos jovens para assimilar uma educação que exige maturidade intelectual.
“Os grandes mestres universitários não conseguem mais exercitar em sala de aula sua sabedoria. A ignorância, mais do que o saber, tem pautado o dia-a-dia de muitos cursos superiores nesse país, e me refiro em especial aos 80% que são particulares”, apontou Paulo Nathanael. “E a verdadeira causa desse desastre está no ensino básico que se pratica no Brasil”, completou.
Mariana Ribeiro, Agência Ciesp de Notícias