Indústria debate impactos gerados com a cobrança pelo uso da água

Nesta terça-feira (23), autoridades ambientais e representantes da Indústria discutem, na sede da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos, o impacto econômico-financeiro que poderá advir com a cobrança pelo uso da água, que deve ter início já em 2011.

“Até hoje pagamos pelo tratamento da água, mas não pelo seu consumo”, observa o engenheiro Ademar Salgosa, coordenador do Grupo de Meio Ambiente no Ciesp de Santos e conselheiro do Ciesp de Cubatão. “Para empresas que captam grandes quantidades, como a Rhodia, a cobrança poderá representar um custo importante para a produção”, ressalta o diretor.

A discussão pretende também apresentar às empresas o mecanismo de arrecadação dos recursos para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos e como estes podem reverter na preservação e conservação dos mananciais.

“Toda região deseja que a implantação ocorra logo, porque isso representa um indicador positivo para que possa solicitar verbas para seus projetos”, observa Eduardo San Martin, diretor de Meio Ambiente do Ciesp e que atuou por 20 anos na Cetesb. Até o presente apenas as bacias do Piracicaba e do Vale do Paraíba fazem a cobrança.

Além da cobrança, o uso racional da água mediante instrumentos como Produção Mais Limpa e a reutilização também será debatido no evento.

Outro tema é a representatividade do setor produtivo nos Comitês de Bacia e no Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH). A gerente de Meio Ambiente do Ciesp, Anícia Pio, participa dos debates também como membro desse colegiado, onde o Ciesp e a Fiesp ocupam a cadeira da Indústria, como suplente e titular, respectivamente.

Participam ainda o vice-presidente do Comitê de Bacias de Santos, Celso Garagnano, e representantes da Cetesb e Sabesp.

Agência Ciesp de Notícias