Goldman lança programa paulista de Petróleo e Gás
- Atualizado emO governo de São Paulo terá 90 dias para iniciar a execução das estratégias aprovadas no Programa Paulista de Petróleo e Gás Natural lançado na manhã desta segunda-feira (9) na abertura do 11° Encontro Internacional de Energia Fiesp/Ciesp, garantiu o governador Alberto Goldman.
“O objetivo é maximizar os benefícios advindos da exploração dessa riqueza mineral para todas as regiões do Estado, especialmente as litorâneas”, adiantou Goldman. “Ao mesmo tempo, busca minimizar os impactos sociais e ambientais decorrentes dos investimentos na exploração e operação de óleo e gás na Bacia de Santos”, acrescentou.
“O Brasil ostenta a mais avançada tecnologia na produção de um combustível novo, que é o etanol. Mas na produção de petróleo, a tecnologia industrial ainda não é toda nacional e precisa ser desenvolvida, porque não interessa produzir essa tecnologia gerando emprego fora, em outros países”, assinalou o 2º vice-presidente da Fiesp, João Guilherme Sabino Ometto, que representou a Presidência da entidade.
Integraram a mesa de abertura o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o secretário estadual de Desenvolvimento, Luciano Tavares de Almeida, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, José Antônio Coimbra e Rafael Cervone Netto, presidente em exercício do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
Fórum de debate
De acordo com o governador paulista, um conselho estadual, que integra 14 secretarias de Estado, prefeituras do litoral paulista, institutos de pesquisa e entidades empresariais, como a Fiesp, será o fórum de debate e aprovação das ações visando garantir sustentabilidade à atividade petrolífera no Estado.
“A Fiesp vai atuar com muita força e ênfase no desenvolvimento e capacitação tecnológica do setor produtivo e na qualificação de mão de obra, por meio do Senai de São Paulo”, assegurou Carlos Cavalcanti, diretor de Infraestrutura da Fiesp.
Cavalcanti não poupou críticas ao regime de concessão de gás natural da Arsesp – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – e às distorções nas tarifas cobradas pelas empresas concessionárias (Comgás, Gás Braziliano e Gás Natural).
“A falta de infraestrutura de distribuição e a total falta de previsão de que essa política possa ser revertida põe em risco o futuro do setor. Combinada com uma regulação que permite, em São Paulo, as mais altas tarifas de gás natural do Brasil, temos um quadro perverso, senão desesperador”, sublinhou o diretor da Fiesp.
Goldman prometeu apurar os problemas e distorções apontados pela Fiesp nas tarifas cobradas ao consumidor de gás natural pelas concessionárias Comgás (britânica), Gás Braziliano (italiana) e Gás Natural (espanhola). “As críticas são justas, e o Governo tomará as devidas providências, como deve tomar um governo sério”, afirmou Goldman. Quanto à distribuição dos royalties do Pré-Sal, o governador Goldman lembrou que essa é uma competência do Congresso Nacional, de autonomia do Senado e Câmara Federal.
Rubens Toledo, Agência Ciesp de Notícias