Ciesp fecha parceria com Agência de Fomento Paulista
- Atualizado emTexto: Mariana Ribeiro
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Rafael Cervone, presidente em exercício na ocasião, assina o acordo pelo Ciesp. Rede vai intermediar acesso das pequenas e médias indústrias ao crédito |
A parceria beneficia as 9 mil empresas associadas à entidade no repasse das linhas de financiamento a taxas de juros competitivas, que privilegiam projetos de inovação e sustentabilidade.
Desde sua criação, em março de 2009, a Agência de Fomento já realizou mais de mil operações com pequenas e médias empresas e ultrapassou os R$ 170 milhões em desembolsos. Mas, segundo o governador Alberto Goldman, a utilização dos recursos ainda está aquém do desejado. O capital disponível, segundo ele, pode alavancar R$ 8 bilhões em operações de crédito.
“A Agência já capitalizou R$ 600 milhões e pode atingir a sua meta, de R$ 1 bilhão. Mas esses R$ 400 milhões restantes, já empenhados no orçamento, ainda não chegaram porque não temos para quem emprestar. Precisamos do esforço dos parceiros para fazer o recurso chegar na ponta”, afirmou o governador. “É o nosso BNDES. Mas o objetivo é atingir as pequenas e médias empresas, que faturam entre R$ 240 mil e até R$ 100 milhões anualmente”.
Capilaridade
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Goldman: Agência precisa de esforço dos parceiros para recurso chegar na ponta |
Segundo Rafael Cervone, presidente em exercício do Ciesp na ocasião, a missão da entidade agora é trabalhar a capilaridade no interior paulista e ser um facilitador do processo. “É uma parceria estratégica para nós, que pode ser utilizada de várias formas. Primeiro, disponibilizaremos aos nossos associados um grande volume de recursos a taxas competitivas, que vêm em um momento importante de retomada de investimentos na economia”, sublinhou Cervone.
“Além disso, estabelecemos a inovação como elemento estratégico para os próximos dois anos, e muitos projetos podem ser suportados com financiamentos da Nossa Caixa, que também é agente repassador de recursos do BNDES”, disse o dirigente.
Os empréstimos estão alocados em 37 municípios paulistas, e o segmento de máquinas e equipamentos detém 81% das operações, seguido do comércio (13%) e serviços (6%). Porém, segundo o presidente da Nossa Caixa Desenvolvimento, Milton Luiz de Melo Santos, com os novos convênios a Agência espera ampliar consideravelmente o alcance dos recursos no interior paulista, que concentra os Arranjos Produtivos Locais (APLs).
“A nossa capilaridade se realiza por meio das entidades parceiras, que são a ligação rápida e sem burocracia com as empresas que precisam do dinheiro para investir, mas encontram dificuldades na obtenção de crédito no sistema convencional. Queremos que os pequenos negócios consigam crescer e gerar emprego e renda”, resumiu Milton Santos.