Água é chave para planejar futuro da indústria - CIESP

Água é chave para planejar futuro da indústria

Industriais e representantes de órgãos ambientais debatem nesta tarde (14), no Ciesp, a situação das Bacias Hidrográficas do estado de São Paulo e a quantidade de água disponível para suprir as atividades do setor produtivo.

A preocupação da indústria é garantir o uso racional da água em seus processos, por meio de instrumentos como Produção mais Limpa (P+L) e reutilização, e se antecipar às dificuldades que possam surgir.

Na avaliação do 1° vice-presidente do Ciesp, Rafael Cervone Netto, discutir a situação atual do abastecimento de água em bacias industrializadas e os desafios em atender às demandas setoriais é fundamental para o planejamento estratégico das diversas cadeias produtivas.

“É uma questão-chave para planejar inclusive o crescimento futuro, já que, nas próximas décadas, provavelmente teremos uma guerra pela água”, afirmou Cervone na abertura do workshop, que precede a entrega do 5° Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso de Água, a partir das 18h.

Largando na frente
O diretor da Agência Nacional de Águas, João Gilberto Lotufo, assegurou que é missão do órgão garantir o suprimento do insumo para o desenvolvimento sustentável.

“É importante essa iniciativa do Ciesp, porque este é um sistema participativo, por princípio. É preciso colocar a água na agenda mais elevada, não só no nível técnico, mas também no político”, frisou.

Eduardo San Martin, diretor de meio ambiente do Ciesp, salientou que a entidade vem promovendo uma série de eventos no estado, com o objetivo de incentivar empresas a adotarem procedimentos que ajudem a melhorar a qualidade ambiental do parque produtivo – como reduzir o consumo de água e energia, e também a geração de resíduos e poluentes.

“Conseguimos aliados importantes em todo o território paulista, que representam uma parcela do esforço que temos feito para que a nossa atividade produtiva contemple práticas de Produção mais Limpa, que têm levado países desenvolvidos a ganhos ambientais e econômicos”, ressaltou San Martin.

Rafael Cervone destacou que o estado de São Paulo tem se mostrado pioneiro nas questões ambientais. Segundo ele, tecnologias sustentáveis agregadas a alguns produtos brasileiros, como os têxteis, ainda são novidades em outros países.

“Hoje já é possível falar em tingimento [de tecidos] sem água, o que era impensável anos atrás”, afirmou o dirigente do Ciesp, que também preside o Sinditêxtil-SP e a Câmara Ambiental da Indústria Têxtil na Cetesb.

Mariana Ribeiro, Agência Ciesp de Notícias