Agora é o momento certo de investir nas áreas de infraestrutura e logística no País
- Atualizado emO momento de planejar einvestir em infraestrutura é exatamente agora. Este foi o tom da abertura do8° Construbusiness-Congresso Brasileiro da Construção realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (30).
Paulo Skaf, à frente da Fiesp, acredita que o Brasil vive um momento único e pediu a eliminação de todos os gargalos que impedem seu crescimento, além do fim da burocracia e a adoção de leis mais claras e abrangentes. E alertou: “Não há crescimento do País sem o crescimento da construção”.
Além do mais, “há compromissos assumidos, em 2014 e 2016, que não podem ser postergados porque a burocracia impediu. O mundo estará de olho no Brasil. Agora é a hora da verdade”,declarou o líder empresarial.
Trata-se de uma grande oportunidade de crescimento para o Brasil daqui pra frente, mas é preciso rever toda a infraestrutura e logística a fim de abrigar eventos dessa magnitude. O Brasil conta com a quarta maior rede rodoviária do mundo, porém insuficiente, e os principais aeroportos operam em seu limite.
São necessários investimentos em estradas, ferrovias, portos e aeroportos que, contabilizados, vão gerar oportunidades expressivas para o setor da construção civil. Só o TAV (trem de alta velocidade) está orçado em R$ 30 bilhões e 70% deste valor se refere à infraestrutura.
Paulo Skaf reforçou que a mão de obra e as empresas envolvidas na execução do TAV são brasileiras: “vamos nacionalizar o processo o máximo possível e trazer somente o que não tivermos”, avisou.
Há muito a ser feito também no campo da construção civil. O secretário de Estado da Habitação e presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), Lair Krähenbühl, sinalizou o passivo existente no Estado. Para cada déficit de um milhão de moradias, há três milhões e meio de residências irregulares.
BNDES incentivará obras esportivas
A Copa e as Olimpíadas movimentarão mais de R$ 200 bilhões em investimentos, segundo adiantou o ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ao representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o Congresso.
“Apenas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá liberar R$ 15 bilhões para obras esportivas, envolvendo reformas, construção de estradas, hotéis e obras de infraestrutura e de mobilidade urbana”, revelou.
Assim, o Brasil terá a chance de se mostrar ao mundo como um país seguro para o recebimento de investimentos internacionais, com sua base industrial complexa e seu parque tecnológico sofisticado, como opinou o ministro Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC).
Para os participantes, o Brasil joga agora um papel central no século 21 com a chance de modernizar sua infraestrutura e logística. Espera-se, desse modo, que o Brasil entre no campo do cenário internacional com um placar favorável e muitos gols.
Solange Sólon Borges, Agência Indusnet Fiesp