A Jornada da Indústria pela Sustentabilidade discutiu o desempenho da responsabilidade social e da gestão comprometida com a sociedade
A Jornada da Indústria pela Sustentabilidade, realizada na manhã desta terça-feira (24/09), na sede da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), reuniu especialistas e representantes de empresas para a discussão do atual desempenho da responsabilidade social e da gestão responsável voltada para a sustentabilidade.
Nilton Bastos, presidente do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Fiesp, abriu o encontro, realizado no Teatro do Sesi-SP, na sede da entidade, na Avenida Paulista. “Uma das missões do Cores é inserir cada vez mais a sustentabilidade nas indústrias e na sociedade. É um tema presente há muito tempo, na verdade”, disse Bastos.
Bastos: “Uma das missões do Cores é inserir a sustentabilidade nas indústrias”. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp
Segundo o dirigente, o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, tem um compromisso “muito grande” em relação à sustentabilidade. “É uma questão que preenche todas as ações das nossas instituições”.
Nesse sentido, segundo Bastos, “o grande caminho que devemos seguir é unir as partes em prol desse tema de tamanha importância e relevância”. “A sinergia é que determinará o maior sucesso e a superação dos obstáculos”, concluiu.
Rogério Ruschel, membro da R&A Negócios e Sustentabilidade, foi o moderador do primeiro painel do evento: “Liderança e Gestão para Sustentabilidade”.
“O objetivo desta jornada é somar, compartilhar ideias, propostas e experiências para uma diretriz que mostre as vantagens competitivas da adoção da gestão da sustentabilidade nos processos das indústrias”, afirmou. “Estamos aqui para trocar ideias e impressões, para fazer da indústria e do mundo locais cada vez mais sustentáveis”, disse.
Ruschel: “Empresas precisam ficar atentas ao tema para não perder competitividade”. Foto: Everton Amaro/Fiesp
Ruschel ressaltou a importância que a sustentabilidade tem recebido dentro das cadeias produtivas. “Empresas micro, pequenas médias e grandes precisam estar atentas a esse tema, pois, caso não o façam, correm risco de perder competitividade e mercado”.
De acordo com Ruschel, cada vez mais as grandes empresas estão exigindo de seus fornecedores práticas e gestões sustentáveis.
Exemplo de gestão de sustentabilidade
Marise Barroso, presidente da Masisa, empresa líder na comercialização de painéis de madeira na América Latina, foi a segunda palestrante do debate. “A sustentabilidade permite que as empresas tenham importantes vantagens competitivas em seus setores”, iniciou.
Marise explicou a atuação de sua empresa. “Produzimos painéis de madeira de baixa emissão de produtos químicos como o formaldeído – somos os únicos no mercado a fazer isso”, contou.
Devido à sua atuação na gestão da sustentabilidade, a Masisa foi eleita em 2011, pelo Fórum Mundial, um das empresas com melhores práticas sustentáveis no mundo.
A empresa, que “nasceu sustentável”, é um modelo de sustentabilidade no Brasil. “Todos os nossos insumos são provenientes de matas reflorestadas. Queremos ter o melhor produto na ponta, para o consumidor final, sabendo que é ambientalmente correto”.
Marise: “Gestão socioambiental nas empresas é tão importante quanto a gestão econômica”. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
Para Marise, a gestão socioambiental de uma corporação é tão importante quanto a sua gestão econômica. “A totalidade dos nossos colaboradores são remunerados através de indicadores sociais, ambientais e econômicos”.
A presidente da Masisa falou também sobre uma parceria firmada com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP).
“Estabelecemos uma parceria para a criação de um curso de marceneiro, de 320 horas. Além disso, abriremos um curso de construtores de móveis em 34 escolas”, disse. “Nossa meta é criar um novo padrão dentro da indústria moveleira”, finalizou.
Além da imagem
Adriano Pereira Nunes da Silva, diretor de responsabilidade da InterCement, empresa de cimento do Grupo Camargo Corrêa que “busca desafiar os funcionários a entrar no mundo da sustentabilidade”, fez a sua apresentação em seguida.
“Temos várias empresas em estágios diferentes de sustentabilidade. O nível de agressão ao meio ambiente é tão grande que sempre teremos o que fazer em prol da sustentabilidade”, iniciou.
Segundo Silva, práticas sustentáveis devem servir como uma fortaleza da indústria brasileira, pois isso leva à criação de valor para toda a cadeia. “A busca por práticas sociais resulta em um capital para a empresa que vai muito além da imagem”.
Silva: funcionários desafiados a entrar no mundo da sustentabilidade na InterCement. Foto: Everton Amaro/Fiesp
O diretor explicou como o tema da sustentabilidade é tratado dentro da Camargo Corrêa. “A Camargo Corrêa atua em uma variedade ampla de atividades econômicas. Temos ainda o Instituto Camargo Corrêa, nossa inteligência social, que cria estratégias e modelos de responsabilidade social baseada em valores”, afirmou.
Para Silva, empresas são agentes de transformação e precisam atuar em suas comunidades. “Parcerias com associações locais só fazem sentido quando atingem status de redes, com interação entre indústrias, governos e associações da comunidade”.
Segundo o executivo, é preciso “fazer diferente”. “Não faz sentido continuar fazendo as coisas erradas que fazíamos antes”, disse. “É preciso inovar para gerar lucro e desenvolvimento nas comunidades, sempre com respeito ao ambiente”.
Guilherme Abati, Agência Indusnet Fiesp
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